Vou-te agendar na minha vida. Dar-te um tempo limite, uma data.
Como se fosse um passo para nós. Como se fosse até Setembro.
Vou-te colocar lá. Não para te lembrar mas para te deixar num outro sitio que não apenas em mim.
Escrevo com a caneta preta, só de si já em luto. Só de si, negra, de esperança. Negra de sangue pisado no meu coração. Como se alguma vez estivesses de saltos altos, lembraste?
Saio mas não fecho portas. Saio e deixo as janelas aberta, para com o vento, voares na corrente de ar. Saio mas tu não deixas de vir comigo também. Saio e quando me apetece ficar, volto a sair.
Por si só há quem esteja já agendada. Já escrita. Já referida.
Vou rodar sobre ela, rodar sobre a casa em ruínas, rodar sobre o meu medo de deixar os alicerces tão fracos desde inicio. E aqui estamos outra vez. Em círculos tentando que este quadrado faça parte de uma vida sem rectas!
Agendo-te porque querendo…vou continuar a querer apenas o infinito.