A Virgindade no olhar *
*Palavras de António Lobo Antunes
Depois de uma grande entrevista digna de ser visionada… falei com o Bruno para escrevermos sobre esta frase.
O resultado do meu caro amigo foi o que já lemos. O meu é este!
A frase que pode ser lida em cima tem algo de misterioso.
Só conheço uma pessoa que, até hoje, foi capaz de me demonstrar essa “virgindade no olhar”.
Sem dúvida a pureza do olhar pode ser enriquecida com a sua virgindade. Parece que só pelo olhar nos torna especiais. E felizmente esse olhar pode ser captado e relembrado de inúmeras formas e feitios.
Para ti, que possuis um olhar doce e terno, um olhar misterioso e desejoso, um olhar tão peculiar, nunca deixes de o ter para mim. Nunca deixes de piscar o olho, de sorrir ou de criares esse olhar cruzado com o meu.
Para ti, que ainda não olhaste ao espelho para o ver, descobre-o dentro de ti. Não há olhar nenhum que não deixe resplandecer, um dia, a sua virgindade.
Para mim e para ti meu caro Bruno, em que o verde brilha, em que de certas formas continuamos com a virgindade presa no olhar, nunca o iremos deixar partir para sermos sempre puros!
Ligado, conectado ou preso esse olhar, o do Lobo Antunes, caracteriza o quanto é importante a comunicação silenciosa, na base de um olhar e o quanto conseguimos ver, através dele, um boa ou má pessoa. O quanto, apenas o olhar reflecte tanto de nós.
Sabem o que diz o meu olhar? “Não afastes os meus olhos dos teus” como na música de David Fonseca.
Adeus!