*Pelo brilho dos olhos!!!
Ainda não mudamos o nome do blog... é certo!
Quero voltar a dar-te a mão...é certo!
O Cissokho afinal pela dentição tem 30 anos...é certo!
Tarde é sempre antes da noite... é certo!
Só há uma coisa que não se evita...é certo!
E essa chega na hora...é certo!
É certo que gosto de PRS e que tenho um orgulho enorme no Bruno. É certo que tenho saudades de certos momentos que já passamos, de situações incríveis e de o ajudar. E de ser ajudado.
Eu e o Bruno falamos algumas vezes. Ora mais, ora menos mas sabemos que estamos sempre por cá. Eu falo, ele nem por isso. Eu digo, ele sorri.
No fundo, o Bruno um dia gostaria de ter sido um bocadinho eu em algumas coisas e eu vou gostar de ser como ele em muitas!
Vocês sabem do que estou a falar! Ou então Não. Ou nem por isso
Abraço
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Para não tirar da primeira página uma boa música escrevo "outro post" neste.
Existem alturas em que temos que ser duros com pessoas que adoramos. Existem alturas que nem mesmo essa pessoa nos entende e fica magoada.
Para o bem ou para o mal não vou deixar de dizer uma série de coisas que penso. Não vou deixar de o exprimir.
Há outras vezes em que não se consegue dizê-las mas também isso faz parte da vida.
Este poema é de um autor que na sua loucura espelha a sua modernidade!
A Minha Alma Partiu-se
A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.
Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.
Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.
Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?
Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmos, não conscientes deles.
Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.
Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
*explicação do título--- ver no fundo deste blog!