Ontem pensei: giro giro era escrever teorias sobre o que me passa pela cabeça e publicá-las no blogue. Tipo, teorias da conspiração. Ou não. Certo é que a partir de hoje está criada uma rubrica minha aqui no blogue. A rubrica das teorias. Esta é a número 1.
Para a primeira teoria escolhi um tema riquinho. Tem a ver com a empatia entre as pessoas. Então, a minha teoria é que quando essa empatia e proximidade existem, a nossa visão e o raciocínio ficam toldados. Isto é, deixamos de ter a frieza para ver com clareza aquilo que está à nossa frente. De alguma forma, amolece-nos.
Quando apreciamos as qualidades de alguém, quando nos sentimos bem perto dessa pessoa estamos a dar um passo decisivo rumo à aceitação de tudo o que nos é apresentado, muitas vezes sem argumentarmos. Muitas vezes até afectando a própria visão que fica turva. Nestes casos a tendência é para concordarmos com o maior dos disparates, pensando com o coração e não com a cabeça, escolhendo a ilusão em detrimento da razão.
Mas isto até nem tem nada de mal. Porque somos felizes e tudo o resto nos parece belo e amarelo. E afinal de contas não é mau conhecermos pessoas com as quais nos identificamos. Existindo claro vários níveis de proximidade e consequentemente vários níveis de cegueira. Por exemplo, isto pode acontecer numa simples amizade ou numa relação amorosa.
Mesmo que na nossa cabeça o bloqueio não seja o suficiente para colocar em causa o que nos chega do outro lado, a verdade é que é sempre mais difícil dizermos que não às pessoas de quem gostamos. Deixamo-nos ir na corrente, às vezes contra as nossas ideias, só para não termos de contrariar.
Por isso, o conselho que deixo é que testem esta teoria com uma qualquer pessoa com quem sintam assim uma ligeira empatia. Tentem pensar pela vossa própria cabeça, em vez de se limitarem a anuir, com aquele sorrisinho pateta de quem aceita tudo. Tentem e contrariem esta minha teoria. Depois venham cá dizer-me que a minha teoria número 1 falhou redondamente. Assim, será uma teoria da conspiração.
"Um contra o outro"
Há 14 anos
2 comentários:
Parece que vou ser a primeira a discordar, não de tudo, claro está :P
Concordo que o amor nos torna menos lúcidos...mais flexíveis, menos exigentes.
Discordo da parte de que vamos contra as nossas ideias só para não contrariar o outro. Isso é abdicar do seu próprio 'eu'...Moldar a personalidade é uma coisa, mudar de personalidade é outa. E isso não pode acontecer...
Bruno:A tua teoria número um FALHOU REDONDAMENTE. :)
Teoria da conspiração, então...:)
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