Não queria ser adorado
Queria ter-te atenciosa
Não te queria ali
Queria que quisesses saber
Não queria que olhasses
Queria que me visses
Não queria brilhar
Queria ser uma espécie de raio de sol para ti
Não queria sentir-te desamparada
Queria -te bem agarrada pela minha mão
Não queria que tapasses os ouvidos
Queria que me ouvisses
Não queria ver-te ao longe
Queria sentir-te aqui
Não queria sentir a batida perfeita
Queria a tua respiração no meu ouvido
Não queria deixar de te ver
Queria olhar para ti
Não queria dar-te um beijo
Queria sentir os teus lábios a tocar-me
Não queria deixar de ser acorde
Queria ser tecla de piano para me tocares
Não queria a chuva a cair-te
Queria limpar a tua cara a sorrir
Não queria apenas ser
Queria fazer parte
Não queria que parasse
Queria o que "Aconteceu" (como diria a música)
(Por tudo o que sei e por agora. Continua a não te esqueceres e a lembrar-me!)
"Um contra o outro"
Há 14 anos
15 comentários:
Já escreves às 8 da manhã. Fogo! Acordas inspirado...
Este Pedro surpreende mesmo:)
Ou então dormiu mal e preferiu levantar-se e escrever este texto.
Está muito bonito.
Gostei da ideia de "continua a lembrar-me".
É tão bom quando se lembram de nós:uma simples sms a saber como estamos, um telefonema, encontro para um café. Saber que alguém se lembrou de nós, pensou em nós...é bom.
Devemos cultivar isso e agradecer a quem se lembra de nós.
Um sugestão para o PRS: leitura do poema "La espera", de Joan Margarit.
Lembro-me de ti e muito... desejo estar ao teu lado... mas tu estás tão longe.
Parece que há muita oferta e pouca procura...depois dá-se uma crise complicada de ultrapassar...
Parece que há muita oferta e pouca procura...depois dá-se uma crise complicada de ultrapassar...
No meio de tantas manifestações embora muitas em anonimo sorte"daquela" que realmente consta neste poema e só o PRS sabe quem é.Os suspiros levam o vento...os de perto e os de longe...
Sorte dela mesmo:) Esperemos que a feliz contemplada saiba que consta deste poema ;)
Não queremos nada e queremos tudo...desejamos o que não temos e por vezes temos o que não desejamos..
Concordo com a Sofia.
Tal como, mesmo sem se revelarem, vê-se que mais do que uma pessoa poderia ser a inspiração deste lindo poema. Muita oferta e pouca procura, ou muita oferta que já foi procurada e já não o é...
Pois eis a questão...! Não vale apena procurarmos onde já sabemos que nao tem o que queremos! Apenas serve para magoar...para manter viva uma ilusão que nao faz bem.
Oferta... procura...
Na verdade há oferta e procura mas ambos em lados opostos.
Verbo querer...
Paixão, amor, ternura, delicía na tremura de um beijo, suster o abraço por uma infinidade de segundos...é bom, muito bom.
Já houve quem me pedisse um abraço há espera de um beijo...fui, gostei, amei porque assim teve que acontecer...sem amarras, sem limites...é bom querer...
Ah, cá está a palavra que me define: "amarras" (ou a aus~encia delas). Obrigada, meu querido anónimo (de um para outro), por me levares a pensar em mim! Mas, PRS, não é tudo por agora, sempre? não é esse o mistério, paixão, o que lhe quiseres chamar, da vida?
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